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Crónica potiguar

Crónica potiguar

Por ser Dia do Pai

Março 19, 2019

José

Tantas vezes faltam as forças, tantas vezes se controlam as lágrimas, outras que não temos como as evitar, a vida é uma conquista, mas nada se faz sem esforço, muito menos sem sofrimento, tomado aqui não no seu sentido literal, ainda que possa acontecer, mas de esforço, ou como diz o povo "é preciso penar um pouco". Os nossos dias são assim, sejamos emigrantes, deslocado, entediados, acomodados ou seja o que for. Longe dos nossos é mais difícil, sobretudo quando a distância não tem quilómetros nem limites, é a de alguém que parte e não volta para jantar. Tem ausências que pesam os nossos fazem parar para se arranjar qualquer de estratégia que permita seguir. De pouco adiantam lamentos, todos ajudam, mas sempre nos vão dizendo "a vida segue, segue tu também". Isso acontece no amor, na morte e seja no que for. Só quem vive as situações sabe o que comportam. Assim tenho seguido. Nos meus passos, nos pensamentos e no apontar de caminhos. Não deixamos de crescer felizes, mas crescemos sem uma parte de nós se pelas circunstâncias a vida leva essa pessoa. Podemos ficar a olhar o vento e as estrelas, mas assim não vamos conseguir avançar. Sempre fiz outras escolhas, a de honrar os meus antepassados, estejam onde onde estiverem. A força que dá acreditar que se sentiram felizes pode não ser suficiente, mas dá alento e esperança. Para um descrente no referente à fé é um desafio maior, mas existem convições que ultrapassam os deuses. As nossas certezas e o nosso imaginário estão lá onde a memória nos deixar e estendem a mão de quem nos acena.

Confidente acidental

Março 19, 2019

José

Tenho dado por mim a escutar coisas que preferia não ouvir, não por serem segredos de estado, mas pela forma como as pessoas as colocam e na situação em que nos colocam, nunca se sabe se esperam que sejamos confidentes ou se nos estão a tentar manipular no sentido de se levar a mensagem a outrém. Não tenho paciência para isso, sobretudo quando as afirmações trazem certo tom de quase ameaça para a terceira parte ausente. É aí que penso que querem que se leve o recado a alguém. Azar dos azares, pois tenho um princípio que gosto de cumprir, o nosso belo ditado segundo o qual "quem leva e traz nunca deixa paz!". Gosto de seguir à letra esse ditado, obviamente pelo inverso, e ficar no meu canto e não me envolver com lutas de egos. Pior de tudo é que isto não acontece nas esferas pessoais mas nas mais altas esferas e com pessoas aparentemente bem formadas. Criticam as aldeias mas tem muita gente com mentalidade de aldeia. Na aldeia outrora era típico na compra do pão pela manhã na mercearia se ficar a saber de todas as novidades, como uma espécie de rádio, TV e jornal em simultâneo. Tem gente que se comporta dessa maneira. Detesto tudo isso. 

Deixem de odiar os imigrantes

Março 19, 2019

José

Não sei o que dizer perante afirmações sobre quem é obrigado a deixar o sue país na tentativa de procurar uma vida melhor. É tratado abaixo de bandido quando apenas quer ter uma oportunidade na vida. É preciso corrigir as situações de ilegalidade e cada país ter uma política bem definida de acolhimento. Sabemos que tem gente oportunista que ganha engana gente inocente, colocando as pessoas em parte incerta e subjugadas a redes. Nada disso é estranho para nós, já tivemos casos de redes clandestinas e, mais ainda, já fomos para outros países a partir dessas redes. Talvez o foco devam ser essas redes e não quem quer uma vida melhor. Por outro lado, não vamos esquecer que a única forma de manter as pessoas no seu país é criar condições para tal. Outrora existiam alguns programas de cooperação nesse sentido, mas desde que a produção industrial passou para a China que muitos países ficaram sem algumas empresas. O dinheiro gasto em acolhimento, que quase não existe, pois em casos como os da Europa os países preferem fazer vista grossa, daria para gerar riqueza nos países e manter as pessoas nas suas terras. Precisamos repensar os modelos de solidariedade e os movimentos migratórios. As grandes instituições internacionais que dizem financiar as crises deveriam financiar programas de mudança. Geralmente querem enriquecer à custa dos mais pobres. Assim como com a troika em Portugal e assim será em qualquer canto do mundo.

Muita diversidade e maior desconhecimento

Março 18, 2019

José

Tem muito brasileiro que desconhece o que está à sua volta e muito português que olha apenas para o país das novelas, das praias e da política. A verdade é que existem muitos países dentro de um Brasil só. Conheço uma pequena parte e acho a cada dia que tenho um mundo para conhecer, tanto pessoas, como paisagens, como dinâmicas territoriais. No Nordeste tem paisagens que por vezes lembram Portugal, tem outras marcadas pela cor de tijolo, tem outras que lembram outro planeta, tal o efeito da seca no solo. Cada comunidade é marcada por quem a habitou desde sempre. No Seridó, interior do estado do Rio Grande do Norte e da Paraíba, tem homens altos e brancos, sinto-me em casa, não por qualquer tipo de racismo, mas por me sentir familiarizado com a fisionomia e por não ser olhado como gringo. Em muitos lugares da cidade e por várias ocasiões sou reconhecido como estrangeiro, pois na capital do estado o típico é o homem ser mais moreno, com tez queimada pelo sol, estatura baixa, olhos castanhos e envelhecimento rápido. Tento vestir algo normal por aqui para não ser reconhecido também pelas cores do vestir, ainda assim não é fácil, pois em certas ocasiões dá jeito camisa, (com bolsos para arrumar o equivalente ao cartão multibanco). O uso do dinheiro é menos frequente, excepto no interior por eventuais dificuldades de ligação à internet. Como está sempre calor a roupa é mínima. Nos dias da semana calças, t-shirt (aqui tem nome de camiseta) ou camisa, mas ou fim de semana ou mesmo no fim da tarde qualquer bermuda, sandálias ou chinelas dá prefeitamente. Não gosto de andar em tronco nu, pelo que visto sempre algo. Voltando à diversidade dentro do país, só no estado conheço regiões bem diferentes: a Sul, uma de serra também na fronteira com a Paraíba (aqui dizem divisa) muito semelhante às nossas serras do centro e norte de Portugal, e outra agrícola, na qual os campos de milho lembram a lezíria ou a região de Aveiro; a Norte e Oeste as diferenças são maiores, por vezes como que atravessamos o Alentejo ou o região da Guarda Espanha fora, outras o calor é tanto que nem os arbustos da caatinga crescem. Sensivelmente a Noroeste voltam as serras, nesses casos com uma mancha maior e mais elevadas. Na verdade uma das serras acaba por atravessar pelo menos dois estados: a serra da Aboborema vem lá da Paraíba e atravessa parte do Rio Grande do Norte. Mas mais distante ainda tem mais serras, não só a de Santana mas a de Martins e outras mais já quase no limite Oeste do estado, na chamada tromba do elefante. Tem diferenças e semelhanças, mas o sorriso e a pureza das pessoas é igual em todo lugar. 

Onde pára a identidade cultural brasileira?

Março 17, 2019

José

Quando olhamos para o Brasil a partir de Portugal vemos várias coisas, agora sobretudo instabilidade, insegurança e rumo incerto, mas já tivemos outras imagens em nós. Por vezes as praias do Nordeste e de todo lugar, sempre o samba e o futebol, a poesia, a literatura, a Amazónia. Muitas imagens de encanto. Infelizmente algumas dessas imagens estão a escapar-se nestes tempos sombrios. Faço voltos para que toda essa identidade ajude a fazer recuperar este país enorme e encantador. Não deixo de partilhar uma das mais belas composições do Nordeste, e não é forró ou baião do mestre Luiz Gonzaga, é sim freve. Somente na primeira viagem ao Brasil tive contacto com esta música e dança, muito característica do Carnaval de Olinda e Recife. Visitei o Museu do Frevo em Recife antigo, pertinho do Marco Zero, vale a pena.

No caso partilho um frevo com voz da inconfundível Amelinha e composição de Zé Ramanho, duas figuras marcantes do cenário musical regional de nacional, que chegaram a ser casados. Zé Ramalho é do estado da Paraíba, é primo de Elba Ramalho. tem uma longa carreira e reconhecimento internacional. Amelinha faz parte do Pessoal Ceará, um grupo que incluia Fagner, Belchior, Ednardo.

Vivemos ou não uma crise de valores?

Março 17, 2019

José

Tenho muitas dúvidas quanto ao facto da crise actual ser uma crise de valores. Em primeiro lugar, confunde-se valores com autoridade. É essa brecha que quem ae sente maus alinhado à direita aproveita para exaltar no caso português o sr. António Oliveira, afirmando que no tempo dele Portugal era um país fabuloso, rico e sem corrupção. Deixando de lado o desconhecimento dos factos nesse caso as pessoas falam de autoridade, em concreto da santíssima Trindade fé, fado e família (se não gostarem de fado tinha também o futebol). Se quiserem trocar pelo F de fantasia também serve. Segundo, esses valores são remetidos a uma perspectiva moral e não ética. Parece um pormenor mas não é, pois a ética é dinâmica. Terceira e mais importante, existe sim crise mas crise mas é de debate ideológico. Caiu o muro de Berlim mas o debate é o da guerra fria.
Precisamos de novas ideias para colocar em prática, as anteriores swrvem interesses e perpetuam velhos poderes. Por outro lado, deixamos de ter pensadores guia. Sobretudo com as redes sociais não temos mais pensamento único, em contrapartida cada um pensa o mundo como quer. Mas o que na prática ocorre é a grande visibilidade de alguns fenómenos e a sua repetição de forma mimetica e por vezes de propaganda. Depois interpretamos tudo isto de forma distante e como se não fosse connosco quando na verdade acontece nas nossas famílias. A questão da visibilidade é muito importante e determinante. Temos alguns casos que mostram que afinal existem valores e as práticas tradicionais é que estão erradas. Veja-se o exemplo da jovem argentina violada pelo pai e irmão. Segunda a comunicação social a mãe dizia para se habituar pois é assim que as coisas acontecem. A violação das netas por um avó português não será diferente. Muita coisa se consentiu que agora não se tolera.

Os Hs pelos Rs

Março 17, 2019

José

Sabemos que no Norte de Portugal se troca os Bs pelos Vs quando nos expressamos oralmente. Pois bem, por aqui é os Hs pelos Rs. Confesso que no inicio tive dificuldade em entender, na verdade foi na primeira viagem ao Brasil, mas tem ainda situações em que não entendo de forma automática. O principal exemplo é o da pronúncia da marca de carros e motos, a Honda, que por aqui se pronuncia Ronda. O H que para nós é mudo passa a R em várias situações. Vi alguém que passou da oralidade à prática e escreveu robby ao referir-se a hobby. Esse é de facto um dos casos a requerer a nossa atenção e não é a porra de uma acordo ortográfico que vai homogeneizar coisa nenhuma. Aliás, o acordo aqui ainda complica mais. Ainda não entrou em vigor e nunca deveria entrar. Só Portugal seguiu em frente para enriquecer as editoras. 

O mundo está a transformar-se num paraíso para cães raivosos

Março 15, 2019

José

Tem sido desgraça seguida de desgraça. Ao acordar e ao anoitecer e durante o dia tem sempre uma novidade que nos choca e preocupa. Que rumo é esta que segue a humanidade? O mundo está a transformar-se num paraíso para cães raivosos, alimentado de raiva, ódio e violência. A fantasia da paz e prosperidade está a dar lugar ao desespero e rumo incerto. Já não estamos no beco sem saída, pois simplesmente não sabemos sequer onde estamos. Pior é que culpamos sempre o outro pelas más acções mas elas acontecem mesmo à nossa sempre e com pessoas que sempre conhecemos. Aliás, nós podemos ser tanto vítimas como num momento de cabeça perdida podemos virar criminosos. Violência alimenta violência, é bom que se tenha presente em todas as esferas. Algumas pessoas dizem-se pacíficas, mas depois no futebol, em casa e outros contextos mudam o comportamento. Não sei qual foi a borboleta que abanou as asas, mas enquanto não parar o efeito vai multiplicar-se e somos todos apanhados na onda. Não sei que momento é este mas precisamos colocar um travão. 

Hoje é um dia triste para o Brasil

Março 13, 2019

José

Maldita violência a que é alimentada no Brasil. Não é exclusivo deste país, mas aqui ganha um padrão e tem possibilidade de se espalhar por vários outros lugares. A polarização doentia, o culto das armas e do ódio, assim como a ideia que algumas pessoas têm que estão acima do estado e dos deuses estão entre as causas. Falamos de dominação, transgressão e autoridade do estado. Alguém quer uma guerra ou quer colocar os senhores da guerra a mandar. Isso acontece no bairro, nos lugares e todas as escalas. Até as religiões se metem no culto da guerra. Porém, a sua gerra não é santa, nem o que fazem à sociedade brasileira. É uma guerra suja, em que os criminosos podem ser o povo ou usar o povo. Hoje é um dia triste para o Brasil e para todos nós.

Plagiar é roubar a alma

Março 12, 2019

José

Fui vítima de plágio, na verdade, colaborei com uma iniciativa que vários anos depois publica um livro e limita-se reproduzir pequenos textos que escrevi mas com indicação de outra autoria. É das maiores filhas da putice que podem fazer a quem de forma apaixonada produz conhecimento. Quando precisam algumas pessoas são simpáticas, mas depois fazem o que acham melhor sem dar satisfação a ninguém e ainda têm a lata de divulgar na internet e livro. Já vivi situações semelhantes, mas esta ultrapassa todas as marcas. Uma vez vou assistir a um debate sobre uma temática muito específica e sobre o qual tinha trabalhado anos antes e tal não foi o meu espanto que uma das oradoras, que conhecia pois teria uma amizade especial com o meu orientador, começou a dizer coisas que me eram familiares. Usar referêncas ou fontes de informação faz parte, mas essa gente ou nem isso usa ou faz como neste caso, eu colaborei com a iniciativa e limitam-se a copiar colar e nada importou quem escreveu. Não ficarei calado. Em primeiro lugar farei contacto com as pessoas que tutelam as entidades envolvidas, caso não surta efeito avanaço para outros procedimentos.

A moralidade da internet ou a xenofobia de prato cheio

Março 11, 2019

José

É com tristeza que alguns portugueses a comentarem em jeito de chacota a notícia de hoje sobre o apoio dado aos brasileiros que são forçados a regressar. Tem portugueses que gostam de cuspir no prato no qual comeram, esquecem não sou o humanismo mas o facto de o nosso país ser um país de emigrantes, os quais só as eles o que passam longe do seu país e da sua família. Quando Portugal viveu um dos seus piores momentos, no qual se dizia que era necessário "apertar o cinto" foram as remessas dos emigrantes que o reergueram, como uma verdadeira indústria mas a laborar em tudo quanto é lado e a fazer todo tipo de tarefas. Cada família tem pelo menos uma pessoa que trabalhou ou ainda trabalha no estrangeiro. Como digo nem tudo foi fácil. Quem não se lembra das histórias da poubelle francesa. O equivalente ao ecoponto onde se conta os franceses colocavam o lixo, incluindo móveis, na expectativa de um português ou a família lá irem buscar. Passámos por isso e muito mais. Muito me custa viver num país inseguro e a cerca de 6 mil quilómetros dos meus, sei bem o que é a distância e não me sentir fazer parte apesar de ter sido fácil a minha integração. Conheço um pouco desses brasileiros que com ajuda da família conseguem chegar a Portugal. São na sua maioria pessoas simples, pobres e sem experiência do mundo. Vão levados pelo desejo de proporcionarem uma vida melhor às suas famílias, designadamente mães e esposas. Podem criticar quem se refugia para viver no bem bom, ganhando belas reformas transferidas do Brasil, mas mesmo esses cabe aos brasileiros criticar. Assumirem expressões xenófobas e mesquinhas por parte de quem luta de forma honesta por uma vida melhor é sinal de malvadez que só pode vir de quem nunca fez nada na vida e nada conhece do mundo. Deveríamos ajudar para se ter um mundo melhor, largar postas de pescada. Esqueçam o impulso da divergência política, essas pessoas vão por necessidade, não são movidas pela política. 

Prefiro pagar mais e comprar na loja

Março 11, 2019

José

Li que a Tesla recuou na decisão de fechar os pontos de venda, não faço conta de comprar nenhum carro, muito menos tão caro e selectivo, mas lembrei-me que este fim de semana quis comprar um pequeno sofá e sabia que online é mais barato mas mesmo assim optei por comprar na loja. Nem é tanto a questão da confiança, pois acredito que as lojas que têm venda online sejam minimamente de confiança, mas é de ir ver o produto e decidir a partir do real, não apenas de uma foto. Ok, poderia ver e depois comprar online, é uma possibilidade. No caso deve-se igualmente a outro factor, sempre importante no referente às minhas compras online. É complicado estrangeiro ter cartão de crédito e não existem na maioria dos bancos as opções bancárias que permitem fazer essas compras com cartões virtuais. Poderia dar algumas voltas ou abrir conta num banco privado e provavelmente resolvia o problema, mas não colecciono contas e não sei o meu futuro aqui. Assim, a compra ia sair cara na mesma, pois precisava enviar dinheiro para Portugal para usar o cartão nacional. Seja como for, espero que a entrega não seja demorada, aqui para chatice têm poucos produtos para entrega imediata. 

Café e água com gás

Março 10, 2019

José

Tem muitos lugares no Brasil com café maravilhoso, mas quem vem habituado ao café português pode ter uma desilusão. Primeiro convém pedir expresso pequeno, que com sorte vendem, pois em muitos lugares não têm máquina e fazem café como em casa, por vezes colocam açúcar e vendem por tamanho de copo. Segundo, mesmo com máquina e café bom o resultado é ruim, pois enchem muito e a moagem não é a melhor. O café de Minas Gerais é provavelmente o melhor, já tomei expresso lá e comprei para casa. Outro problema é o preço. Por aqui um café expresso custa em muitos lugares mais de 6 reais, sendo que ainda hoje comprei café moído num pacote de 250 gramas por menos de 4 reais. A margem de lucro é enorme mas é enganadora, pois ir tomar café não faz parte das rotinas como em Portugal. Tem aumentado o número de pessoas, mas não é comparável. Lembro que inicialmente o funcionário me perguntou se ia sozinho, pois aqui não é normal. Respondi que por vezes sim, que gosto de partilhar mas também gosto dos pensamentos que aquele momento proporciona. Estava a esquecer, aqui o café vem com água com gás, talvez para justificar o preço. 

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Caminhada de domingo

Março 10, 2019

José

Uma caminhada de domingo com uma parte na praia é um dos melhores medicamentos para o stress e ansiedade. Não tenho disponibilidade para tanto mas recomendo 3 doses semanais. 

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Tem problemas em todos os países

Março 09, 2019

José

Uma coisa que a maioria dos brasileiros não entende é que os problemas que acontecem no país não são, em regra, exclusivos do país. Dois casos que estão em cima da mesa são disso exemplo. O primeiro é o da violência da gênero, cujas explicações remetem para as profundas desigualdades sociais. Pode até ser, mas o tema carece de aprofundamento, pois em Portugal, Espanha e vários outros países o problema existe e agrava-se não necessariamente pelos mesmos motivos. Nesses países o histórico do padrão cultural é determinante e mostra a dificuldade em resolver o problema. As casas abrigo no Brasil acolheu mulheres vítimas de igualmente violência vulneráveis em termos sociais e econômicos. Sabemos que em Portugal e Espanha o problema é transversal a várias classes. O segundo exemplo é o da reforma da Previdência. Ainda ontem o governo finlandês se demitiu por falta de acordo sobre a dita reforma. É óbvio que a Finlândia está noutro patamar, mas a sustentabilidade do sistema é um problema comum. Em Portugal o tema é igualmente muito quente. O Brasil tem o problema dos filhos de titulares de alguns cargos, incluindo militares, que têm o futuro garantido desde que não casem. Isso é muito ruim, pois assim fica um país e vários sistemas. Ia dizer que os pobres é que sofrem mais a classificação de pobre é muito diversificada. Estamos a falar de funcionários públicos ou do povo que nem tem carteira assinada? É certo que o percurso escolar é mais curto, mesmo para quem segue para a Universidade, o que resulta no ingresso prematuro no mercado de trabalho. Por outro lado, a esperança de vida é menor mas te vindo a aumentar. Seja como for o tema da idade da reforma/aposentadoria é comum a vários paises. É bom lembrar que quem se aposenta com 50/55 são os funcionários públicos, pobre trabalha sempre. Em síntese, contextos diferentes mas problemas idênticos.  A classe média viaja muito, conhece vários países mas na hora de usar o que deveria conhecer defende os seus interesses. 

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