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Crónica potiguar

Crónica potiguar

É preciso compensar a Amazônia

Abril 21, 2019

José

Estamos a concentrar o equilíbrio climático do planeta basicamente na Amazônia, com todas políticas que podem facilitar o seu uso intensivo. Precisamos de respostas alternativas à escala global, ainda que se saiba que nada substitui este bioma. Mas é também bom lembrar que ocupa não apenas o Brasil. As Nações Unidas e a Europa deveriam liderar esses processos. Primeiro, ao reflorestarem as suas cidades, o que ajuda a controlar ilhas de calor e pode gerar "produção de água", além de se criarem novas áreas de lazer e biodiversidade. Por outro lado, financiando a reflorestação em paises com potencial para produção florestal. Isso já foi feito ao abrigo dos mecanismos do mercado de carbono, o problema é que o princípio era errado, era uma permissão para os países industrializados continuarem a poluir, compensando com a reflorestação. O mecanismo necessita ser adaptativo ou não de mitigação regional. Alguma coisa deve ser feita, este rumo é perigoso para o futuro do planeta. Uma taxa global aplicada à pegada ecológica e aos territórios desmatados poderia financiar esse projecto. Pagamos todos mas fazemos algo.

Esta não é nenhuma guerra santa

Abril 21, 2019

José

Ainda era madrugada, mas como sempre, logo que acordo vejo as notícias do dia nos jornais portugueses. Ainda que não crente, foi com enorme dor que li sobre o atentado contra a paz no mundo. A ideia de não crente não é sem propósito, pois não vivemos nenhuma guerra santa. Acredito que nenhuma das religiões tem no seu âmago a propagação da violência e da guerra, ainda que durante séculos o tenham feito. O objectivo das religiões é propagar o amor e uma conduta moral entre a comunidade de crentes. Os interesses alheios aos ensinamentos é que levam a outros caminhos. Através da bandeira da fé é defendida a supremacia de uma crença sobre outras. Isso é obra dos homens, que não aceitam para si o conteúdo normativo da interação dos homens. Num momento de desagregação civilizacional o ódio une mais que a fé. Não sou eu que o digo, na verdade digo, mas não consolido conceitualmente, mas sim teses como a do conflito e da pertença intergrupal. Pretensamente o conflito une e vai minando o adversário. O problema é que o rumo não é esse. Dividir para reinar vai gerar o caos. Por isso me preocupo com os tempos actuais. Os atentados de hoje não foram feitos por pessoas da igreja, mas por quem quer causar o caos. Só na aceitação do outro os grupos de recongecem. Desordeiros não representam esse não reconhecimento. Pior de tudo é que tudo isso leva a um beco sem saída. A igreja quis ser dona da conduta moral, quando na verdade a moral e a ética são social. Mesmo assim representam o lugar de pertença que não devemos ignorar. Não vamos é dizer que a guerra é religiosa só para se argumentar contr os imigrantes. O problema é global e prende-se com falta de orientação geral, por perda de credibilidade da classe política. O individualismo é crescente enquanto aumentam as desigualdades. Tenho esperança na sociedade civil organizada e bons líderes, mas não é fácil. A desarticulação dos estados ajuda na desgraça. 

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